“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o
espírito se abate.” – Provérbios 15:13
Durante
todo esse ano, Deus muito ministrou em minha vida a respeito da alegria. Como
consequência disso, preguei, ensinei, aconselhei e discipulei muito a respeito
da alegria que devemos ter na presença de Deus. Uma alegria jubilosa, de alguém
que encontrou o maior tesouro que poderia ser achado! Uma alegria que
transborda o nosso entendimento, bem como nossos sentimentos.
E
é evidente que essa alegria também precisa se manifestar na nossa vida como
mordomos de Deus. Ele tem nos abençoado tanto que não podemos nos conter: nos
alegramos por pertencermos a Ele e por sabermos que “toda boa dádiva e todo dom
perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir
variação ou sombra de mudança.” (I Pedro 1:17). Deus é quem nos abençoa com
nosso sustento, com a provisão e com a força para trabalharmos.
Isso
deve trazer grande alegria pro nosso coração! Mas, honestamente, o que tenho
percebido é que, em muitas ocasiões, a falta de alegria, a desconfiança, o
excesso de criticidade e a falta de fé ficam evidentes quando surge a questão
da contribuição financeira.
Quando
o apóstolo Paulo escreve a igreja em Corinto, precisamos nos lembrar que
tratava-se de uma igreja abastada. Uma igreja que havia sido convocada para
abençoar aqueles que lideravam a igreja cristã da época na cidade de Jerusalém,
pois mesmo sendo a igreja-mãe de quase todas as igrejas cristãs da época,
sofria privações tremendas. Tinha grande necessidade de ajuda. E, por isso,
Paulo trabalhava no levantamento de fundos para essa igreja.
Paulo
demonstra sua lógica através de uma analogia agrícola: “... aquele que semeia
pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também
ceifará.” (2 Coríntios 9:6). Em outras palavras: “Você quer colher pouco ou
muito? Se quer colher muito, semeie com fartura.”
Por
isso, podemos perceber que, ainda que muitos se surpreendam com isso, muitas
passagens da Bíblia associam a alegria à generosidade. Se não fosse assim,
Paulo não teria dito: “Cada contribua segundo tiver proposto no coração, não
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (vs.
7).
“A
palavra original para ‘com tristeza’ significa ‘relutantemente’. Contém a ideia
de apegar-se a algo, porque a pessoa não deseja abrir mão dela.”(*) Muitas
vezes, vemos irmãos que, quando diante do gazofilácio, agem como crianças
mimadas e egoístas que se recusam a perceber que tudo vem de Deus (“Esse
carrinho é meu!”). Ou pior: como adultos ‘intelectuais e maduros’ que se
recusam a serem enganados (“Eu não vou dar dinheiro pra pastor...”).
Ah,
se você soubesse o quanto já perdeu por ser ‘adulto’ ou ‘criança’... “Eu não
perdi nada!” Será? “... o que semeia com fartura com abundância também
ceifará.” Tenho certeza que sim!
“Você
sabe por que Deus ama o alegre doador? Porque o alegre doador dá generosamente.
Ele não possui qualquer bem especial, dom, perícia ou quantia de dinheiro a que
se apegue relutantemente. Não. Quando o coração está cheio de alegria, é
espantoso como ele faz os bolsos virarem às avessas. Diferentemente da maioria
medíocre, os que levantam voo sublime estão sempre cheios de uma alegria que se
expressa em generosidade própria de um coração grande.”(*)
Em Cristo,
Pr. Thiago.
(*)SWINDOLL, Charles R. “Como viver
acima da mediocridade: levando a sério o seu compromisso com a excelência”. São
Paulo: Editora Vida, 2009.”
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