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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

NÃO ACABOU! ESTÁ COMEÇANDO...


“Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;” – Atos 1:7

            Se você está lendo essa mensagem é porque você sobreviveu a mais uma predição de fim do mundo. Depois de 1900, 2000, 11 do 11 de 2011, passamos pelo 21/12/2012. Todo esse agito dos últimos dias aconteceu porque os Maias, civilização que existiu por mais de 2000 anos, na América Central, previram que o mundo acabaria na fatídica data de 21 de dezembro de 2012.
            O curioso dessa história, além de continuarmos aqui e o fim do mundo ter sido adiado mais uma vez, é que esta avançada civilização previu o ‘fim do mundo’, mas não previu a sua extinção pelas mãos cruéis dos colonizadores.
            Mas deixando de lado as predições e adivinhações com relação ao futuro, deveríamos nos dedicar a respeito da realidade que nos cerca. Neste domingo, comemoramos o 4º domingo de advento. Ou seja, o último domingo antes do Natal. E não qualquer Natal!
            Não é o natal do ‘Feliz natal!’ que recebemos ao fazermos uma compra ou ao cumprimentarmos os vizinhos. Não! Comemoramos o Natal do ‘JESUS NASCEU’, a glória de Deus foi manifesta a nós. O resplendor da glória está entre nós. A expressão exata do ser de Deus nasceu. O Deus invisível se tornou visível. Comemoramos o Natal da revelação do Filho unigênito de Deus. O Natal onde a realidade celeste, a realidade da eternidade toca a Terra e muda por completo a história da humanidade.
            Este é o Natal que comemoramos. O apóstolo Paulo diz que o nascimento de Jesus é a plenitude do tempo (Gálatas 4:4). O momento definitivo da história da humanidade. O dia de um novo começo para o ser humano (Romanos 5:18).
            Eu e você somos convidados para recomeçarmos. Para provarmos de novidade de vida em Jesus. Deus não está nos céus esperando de braços cruzados o fim dos ‘nossos mundos’ para dar risada do nosso fracasso. Deus é tão bondoso e tão amoroso que proveu a libertação e a salvação para nós, fracassados. Deus, em Cristo, promoveu um novo começo.
            Não se sinta impedido pelo que aconteceu no passado. Olhe pra frente. Olhe para o novo começo que Jesus nos propõe. Seus erros pertencem ao passado. Se você crê em Jesus como Senhor e Salvador, seus erros e pecados estão cravados na cruz do Calvário. Ele pagou o preço no seu e no meu lugar. A dívida era nossa, mas ele pagou e agora estamos livres. Agora, podemos recomeçar.
            Se você se sente incapacitado por conta das suas lutas e dores, lembre-se: Jesus te chama pra recomeçar. Se você se sente incapacitado por conta de seus erros e pecados, lembre-se: Jesus pagou o preço e te perdoou. Assim como, nele, a história do homem, que seria trágica sem Jesus, recomeçou, ele nos chama pra andarmos em novidade de vida.
Por isso, não estamos preocupados! O mundo não acabou e não vai acabar. Pelo menos, não como se imaginam. Não como preveem. Não como predisseram. Deus está no controle da história e da História. E a grande prova disso é que Jesus nasceu e ele veio pra buscar e salvar o perdido. Ele veio pra buscar e salvar a mim e a você!
Feliz Natal! Jesus nasceu. É hora de recomeçar.
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.

JESUS CRISTO – O SALVADOR DO SEU POVO


“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” – Mateus 1:21

            Imagine este cenário: você é convidado pra uma festa de aniversário do seu colega de trabalho, Fulano de Tal. Você gosta muito dele e gostaria de prestigiá-lo participando da festa. No entanto, quando você chega ao local, repara que os convidados são bastante estranhos, você não conhece ninguém, você não vê o aniversariante em lugar nenhum e pra todos a quem você pergunta alguma coisa do Fulano a resposta é a mesma: “Quem é Fulano?”
            Eu sei. Parece um pesadelo. Mas é o que tem acontecido com o nosso Natal!
Há uns tempos atrás, conversava com uma jovem e ela me contou que estava, junto com o marido, passando o Natal em, se bem me lembro, um hotel. E, obviamente, o hotel estava todo decorado, naquele clima festivo, com os enfeites natalinos espalhados por todos os cantos (até o cardápio era natalino).
            A surpresa aconteceu quando ela reparou que todos os avisos, mensagens e conversas no hotel falavam sobre o Natal, no entanto, em nenhum momento falaram a respeito do nascimento de Jesus, o salvador dos humildes.
            Este é o Natal do mundo! Um Natal que, por incrível que pareça, não comemora o nascimento de Jesus. Comemora qualquer outra coisa. Mas, infelizmente, não se lembra que Jesus veio ao mundo pra buscar e salvar o que estava perdido, veio para nos salvar dos nossos pecados.
            A ideia do Natal ‘bonitinho’ do Papai Noel, da festa, da troca de presentes, do feriado, das reuniões familiares, dos enfeites natalinos e da ceia, superou a do Natal ‘feio’ da confissão de pecados, da consciência de que somos pecadores e que, por isso, precisamos e dependemos de Jesus para nos salvar. Este é o Natal verdadeiro! Este é o significado do primeiro Natal.
            Ao contrário do que pensam alguns, acredito que devemos, sim, comemorar o Natal. Mas não qualquer Natal! Devemos enfeitar as nossas casas, promovermos a reunião familiar e a tão agradável troca de presentes. No entanto, com o motivo certo!
Quando estamos reunidos, comemorando o Natal, precisamos nos lembrar de que somos pecadores e que, por isso, Jesus nasceu, viveu e morreu: PARA NOS SALVAR dos nosso pecados! Se não fosse assim, ainda estaríamos presos e algemados a uma terrível realidade espiritual de morte! Padecendo nas angústias de uma vida escravizada à maldade e sofrendo as consequências dessa prisão espiritual, chamada pecado!
            Esta é a realidade daqueles que não conhecem Jesus. Daqueles que não entendem que Jesus veio para nos salvar de nossos pecados. Daqueles que ainda comemoram apenas o Natal ‘bonitinho’ e enfeitado.
            Volte pro primeiro cenário: eu não sei como você reagiria, mas, eu, com toda certeza, eu não ficaria contente com o fato de que as pessoas estariam na festa do Fulano e não conheciam ele. Eu iria perguntar de Fulano pra todas as pessoas: “Você não conhece Fulano? Ele é o dono da festa... É por causa dele que estamos aqui! Estamos comemorando o aniversário dele.”
            Penso que deveríamos fazer o mesmo com o Natal!
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

REFORMANDO OS CORAÇÕES



“... o justo viverá por fé.” – Romanos 1:17
Na última quarta-feira (31/10), comemoramos o dia da Reforma Protestante. Data que nos lembra da ocasião onde o padre Martinho Lutero afixou à porta da Catedral de Winttenberg, na Alemanha, em 1517, 95 teses, explicando porque não concordava com os rumos que a Igreja Católica vinha tomando.
Neste documento, Lutero, após ser impactado pela palavra do apóstolo Paulo em Romanos 1:17, entendeu que a Igreja Romana precisava de uma ser reformada. Sendo convocado para dar explicações a respeito de seus atos e negar o conteúdo do documento, Lutero disse: ”Que se me convençam mediante o  testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão – porque não acredito nem no Papa, nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos – pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à Palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem é saudável.” Como consequência disso, Lutero foi considerado um herege e fugitivo, mas, ainda assim, manteve-se firme em suas convicções, entendendo que sua única possibilidade era seguir os ensinamentos das Escrituras: "Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude!"
 Lutero afirmava que SOMENTE AS ESCRITURAS são a manifestação da vontade de Deus para nós e que a Bíblia demonstra que SOMENTE A FÉ em Jesus pode nos conduzir a Deus, que SOMENTE PELA GRAÇA nos salvou. Esta Graça maravilhosa de Deus foi manifesta no sacrifício de Jesus  e, SOMENTE CRISTO, pode nos conceder a vida eterna. Tudo isso para que SOMENTE DEUS FOSSE GLORIFICADO!

A história de Lutero continua sendo importantíssima para nós até os dias de hoje, 495 anos depois. E não somente a dele. Somos abençoados ao conhecermos a história de outros homens de Deus ao longo da história: Zuínglio, João Calvino (reformadores na Suíça), John Knox (reformador na Escócia – fundador do presbiterianismo), e tantos outros. Homens que tiveram suas vidas impactadas pelo Evangelho de Jesus e que viveram para a Glória de Deus.
Muitas vezes, nos alegramos em olhar para a história e, infelizmente, nos satisfazemos em conhecer a vida e sementes plantadas por estes homens. No entanto, o que Deus tem pra nós pode ser muito parecido com o que fez para aqueles homens. Quando lemos a respeito da vida de Lutero, Calvino, Knox e outros homens de Deus, percebemos que eram homens com o coração em um constante processo de reforma, que aprendiam a depender de Deus em todas as coisas.
Mais do que a Reforma Protestante, estes homens nos deixaram o legado de um impacto que aconteceu, antes, em seus corações. Impacto produzido pela Palavra de Deus. E essa é com certeza a maior herança que recebemos deles. Afinal a Reforma Protestante é uma consequência deste impacto!
Aliás, é curioso sabermos que na vida destes homens de Deus (apóstolo Paulo, Santo Agostinho, Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio, João Calvino, John Knox, Jonathan Edwards, Willian Carey, Jim Elliot e tantos outros), existiam três coisas em comum: Bíblia, oração e jejum.
Será coincidência? Não creio! Se queremos que nosso coração esteja em constante reforma, precisamos dessas disciplinas espirituais. O Espírito Santo, através delas, vai mudar a nossa vida, seremos impactados, viveremos de acordo com a vontade do Pai e continuaremos a promover a reforma mais importante da história: a dos corações!
Igreja Reformada: sempre reformando.
Glória somente a Deus.
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

MORDOMIA CRISTÃ – Parte 3


“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” – Mateus 6:24

            A quem você serve? Se você é verdadeiramente um cristão, você deveria servir a Deus. Jesus é muito claro quando diz que não podemos servir a dois senhores. Ou somos servos de Deus e nossas riquezas nos servem (e, consequentemente, servem a Ele) ou servimos nossas riquezas e (pensamos que) Deus nos serve.
            Algumas versões mais antigas, ao invés de ‘riquezas’, dizem ‘Mamom’. Isso acontece porque Mamom é uma transliteração da palavra aramaica (língua que Jesus falava) para riqueza. O que Jesus está nos ensinando é que ou servimos a Deus ou servimos a outros deuses, como a riqueza. Jesus é radical! Não existe outra possibilidade!
            Algumas pessoas pensam que essa afirmação de Jesus é muito rígida, que não serve para os nossos dias, ou, então, que é possível servir, sim, a dois senhores. Muitos estão tão acostumados a viverem a vida com Deus apenas dominicalmente que já nem percebem que servem a dois senhores. Aos domingos servem a Deus, durante a semana servem às riquezas. Ou pior: a Deus com os lábios e às riquezas com o coração!
            E é esta ‘solução’ que Jesus diz ser impossível: “Ninguém pode servir a dois senhores...” Aqueles que tentam, malignamente, se encaixar nesta realidade é porque não querem viver a realidade de Jesus em suas vidas e estão esquecendo que Jesus pagou um preço muito alto pelas suas vidas. Não somos donos de nós mesmos. Jesus é o nosso dono! Ele nos comprou!
            Aqueles que tentam servir a dois senhores esquecem que somos escravos e que escravos não são donos de nada. Pelo contrário, tudo o que temos, temos porque nosso Senhor nos proporcionou. “Pode-se trabalhar para dois empregadores, mas nenhum escravo pode ser propriedade de dois senhores, pois ter um só dono e prestar serviço de tempo integral são da essência da escravidão.”*
Essa afirmação é uma proposta de vida: ou servimos a Deus, ou servimos a outros deuses (riquezas). E a verdade por trás dessas palavras nos coloca em uma situação bastante constrangedora: qualquer pessoa que divide sua adoração entre Deus e às riquezas, já entregou seu coração às riquezas e está empenhado em servi-las. Afinal, Deus só pode ser servido com devoção total e exclusiva. Simplesmente, porque Ele é Deus! Tentar dividir nossa lealdade é idolatria.
“E quando percebemos a profundidade da escolha entre o Criador e a criatura, entre o Deus pessoal e glorioso e essa coisinha miserável chamada dinheiro, entre a adoração e a idolatria, parece inconcebível que alguém faça a escolha errada, pois agora é uma questão não apenas de durabilidade e benefício comparativos, mas sim de valor comparativo: o valor intrínseco de um e a intrínseca falta de valor do outro.”*
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.
*STOTT, John R. W. “A Mensagem do Sermão do Monte: Contracultura Cristã.” São Paulo: ABU Editora, 2008.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MORDOMIA CRISTÃ – Parte 2


“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate.” – Provérbios 15:13

            Durante todo esse ano, Deus muito ministrou em minha vida a respeito da alegria. Como consequência disso, preguei, ensinei, aconselhei e discipulei muito a respeito da alegria que devemos ter na presença de Deus. Uma alegria jubilosa, de alguém que encontrou o maior tesouro que poderia ser achado! Uma alegria que transborda o nosso entendimento, bem como nossos sentimentos.
            E é evidente que essa alegria também precisa se manifestar na nossa vida como mordomos de Deus. Ele tem nos abençoado tanto que não podemos nos conter: nos alegramos por pertencermos a Ele e por sabermos que “toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” (I Pedro 1:17). Deus é quem nos abençoa com nosso sustento, com a provisão e com a força para trabalharmos.
            Isso deve trazer grande alegria pro nosso coração! Mas, honestamente, o que tenho percebido é que, em muitas ocasiões, a falta de alegria, a desconfiança, o excesso de criticidade e a falta de fé ficam evidentes quando surge a questão da contribuição financeira.
            Quando o apóstolo Paulo escreve a igreja em Corinto, precisamos nos lembrar que tratava-se de uma igreja abastada. Uma igreja que havia sido convocada para abençoar aqueles que lideravam a igreja cristã da época na cidade de Jerusalém, pois mesmo sendo a igreja-mãe de quase todas as igrejas cristãs da época, sofria privações tremendas. Tinha grande necessidade de ajuda. E, por isso, Paulo trabalhava no levantamento de fundos para essa igreja.
            Paulo demonstra sua lógica através de uma analogia agrícola: “... aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.” (2 Coríntios 9:6). Em outras palavras: “Você quer colher pouco ou muito? Se quer colher muito, semeie com fartura.”
            Por isso, podemos perceber que, ainda que muitos se surpreendam com isso, muitas passagens da Bíblia associam a alegria à generosidade. Se não fosse assim, Paulo não teria dito: “Cada contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (vs. 7).
            “A palavra original para ‘com tristeza’ significa ‘relutantemente’. Contém a ideia de apegar-se a algo, porque a pessoa não deseja abrir mão dela.”(*) Muitas vezes, vemos irmãos que, quando diante do gazofilácio, agem como crianças mimadas e egoístas que se recusam a perceber que tudo vem de Deus (“Esse carrinho é meu!”). Ou pior: como adultos ‘intelectuais e maduros’ que se recusam a serem enganados (“Eu não vou dar dinheiro pra pastor...”).
            Ah, se você soubesse o quanto já perdeu por ser ‘adulto’ ou ‘criança’... “Eu não perdi nada!” Será? “... o que semeia com fartura com abundância também ceifará.” Tenho certeza que sim!
            “Você sabe por que Deus ama o alegre doador? Porque o alegre doador dá generosamente. Ele não possui qualquer bem especial, dom, perícia ou quantia de dinheiro a que se apegue relutantemente. Não. Quando o coração está cheio de alegria, é espantoso como ele faz os bolsos virarem às avessas. Diferentemente da maioria medíocre, os que levantam voo sublime estão sempre cheios de uma alegria que se expressa em generosidade própria de um coração grande.”(*)
Em Cristo,
Pr. Thiago.
(*)SWINDOLL, Charles R. “Como viver acima da mediocridade: levando a sério o seu compromisso com a excelência”. São Paulo: Editora Vida, 2009.”
            

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MORDOMIA CRISTÃ


“Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” – Mateus 25:21

            Jesus Cristo é o seu Salvador pessoal? Se sim, Ele é seu Senhor também. É impossível Jesus ser apenas Salvador de alguém! Isso acontece porque a forma como Deus, em sua Soberana vontade, resolveu nos salvar foi através do sacrifício de Cristo. Através desse sacrifício, Jesus nos comprou (At 20:28; I Co 6:20; 7:23; Ap 14:3) para o Pai.
            Ou seja, se fomos salvos por Cristo, também fomos comprados por Ele. Ele pagou o preço (seu sangue) para que pertencêssemos a Deus. Parece óbvio, mas muitos não compreendem isso: se Ele nos comprou, Ele é o nosso Senhor, o nosso DONO! Não pertencemos mais a nós mesmos; somos de Jesus! Ele é o dono de nosso coração e de todas as áreas de nossa vida. Ele é o nosso Senhor! E sendo nosso Senhor, precisamos nos sujeitar a Ele.
Quando compreendemos que somos dEle e que tudo o que temos vem dEle, precisamos entender que tudo o que Jesus coloca em nossas mãos é para que administremos com sabedoria e temor as bênçãos que recebemos do Pai.
Deus nos dá uma família para que cuidemos dela, pois antes de pertencer a nós, ela pertence a Deus. Quando Deus nos concede capacitações especiais, precisamos usá-las para abençoarmos outros, pois entendemos que são presentes de Deus para nós. Ao nos abençoar com o pertencimento a uma denominação e, mais que isso, a uma igreja local, Ele nos incube com a responsabilidade de cuidarmos dessa igreja.
Todas essas responsabilidades são missões Deus dá aos seus servos. Nós chamamos essas responsabilidades de MORDOMIA. Somos mordomos de Jesus! Por isso, MORDOMIA CRISTÃ! “O termo ‘mordomia’ é significativo, pois denota a posição de uma pessoa responsável por administrar os bens de seu senhor e ‘fechar o caixa’ no fim do dia.”(*)
            Acredito que todos nós temos feito de tudo para cuidar da família que Deus nos deu. Quero crer que as capacitações que Deus nos concede estão sendo usadas para ministrarmos a vida de outras pessoas. Mas será que temos sido bons mordomos de Cristo no cuidado com a igreja a que pertencemos?
            “Devemos ser extremamente fiéis. O acerto final de contas não será apenas uma formalidade superficial. Muitos membros de igreja se esquecem que terão de prestar contas e se iludem com a ideia de que podem viver em função de si mesmos, e simplesmente receber a salvação no final.” (*)
            E mais: “se nos lembrarmos sempre de que nada do que temos nos pertence, nada nos impedirá de sermos mordomos fiéis.” (*)
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos
* OAK, John H. “IMITADORES DE CRISTO” – São Paulo: Mundo Cristão, 2006.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

OS ODRES NOVOS SÃO ESSENCIAIS*


“E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam.” – Lucas 5:37,38

Em uma aula no seminário, Rev. Fernando Enéias contou que, certa vez, estava andando com seu pai por uma plantação. E, enquanto caminhava e observava as plantas e animais, sentiu muita sede! Seu pai, então, fez um ‘copinho’ com uma folha enrolada e enchendo de água, em uma fonte, aliviou sua sede.
Quando terminou de contar esta história, questionou aos alunos o que havia matado a sede: a água ou o ‘copinho’ de folha? Todos disseram que foi a água. Diante da conclusão dos alunos, Rev. Fernando Enéias ilustrou como nós, seres humanos, temos uma tendência muito grande de valorizarmos demais a forma em detrimento do conteúdo. O que alivia a sede é a água. Não importa o que você vai usar: uma caneca, um copo, um ‘copinho’ de folha, ou a mão! O que importa é que a água traz alívio pra sede!
Você já imaginou se, a partir daquele dia, os alunos (muitos deles, hoje, são pastores) só bebessem água em um ‘copinho’ de folha enrolada? Seria cômico, para não dizer trágico. Mas, muitas vezes, em nossa vida espiritual e em nossa vida como igreja, fazemos o mesmo. Valorizamos muito mais o ‘copinho’ que a água em si. Valorizamos muito mais a forma que o conteúdo. Precisamos estar atentos para que, como igreja, não nos deixemos escravizar pela forma.
No entanto, admitimos que a forma é importante. Nunca conseguiremos abençoar a nossa geração se não compreendermos a ‘forma’ como pensa a nossa geração! E, por isso, precisamos estar atentos aos ‘odres novos’ em que depositaremos o ‘vinho novo’.
Charles Swindoll diz que “todas as gerações sofrem a tentação de tentar restringir as obras e os métodos de Deus.” (p. 224) Isso acontece porque a maioria das pessoas gosta de ‘manter’ as coisas como estão. “Muitas pessoas sentem-se constrangidas porque se sentem ameaçadas”(p.225). Sentem-se desconfortáveis em meio a mudanças e, por isso, preferem pela manutenção ao invés da transformação!
Porém, o vinho novo não pode ser colocado em odres velhos. O vinho novo do Evangelho sempre será NOVO. Nunca perde a validade, nunca torna-se velho. Mas ele precisa sempre ser armazenado em odres novos.
No entanto, é importante lembrar que o que interessa é o vinho. Não o odre. O odre é apenas um vasilhame. É apenas a forma! Estamos interessados no conteúdo.
Estamos cercados de inovações tecnológicas! Filmes, televisão, computadores. Novos estilos de música. Novos métodos. Mas todas essas coisas são apenas os odres! O que nos interessa é o vinho! “O vinho permanece bom e sadio porque veio de Deus. E os odres? No que concerne aos odres, precisamos ser flexíveis.” (p.225 e 226)
Precisamos nos precaver da tentação de ‘vestir’ o cristianismo do séc. XXI com as roupas das décadas de 70, 80 ou 90. E precisamos, com maior zelo ainda, nos proteger da tentação de nos manter perdidos olhando para o séc. XVI ou XVII. “Se não exercermos vigilância, ficaremos tão comprometidos com ‘o jeito como éramos’ que embotaremos o fio cortante das coisas realmente importantes e deixaremos esta geração no pó. Repito: OS NOVOS ODRES SÃO ESSENCIAIS.” (p. 226)
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.
*Baseado e extraído de SWINDOLL, Charles R. “Como viver acima da mediocridade: Levando a sério o seu compromisso com a excelência.” São Paulo: Editora Vida, 2009.

domingo, 29 de julho de 2012

LIVRE-SE DE NEUSTÃ!*


“Removeu os altares idólatras, quebrou as colunas sagradas e derrubou os postes sagrados. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois até aquela época os israelitas lhe queimavam incenso. Era chamada Neustã.” – 2Reis 18:4
            Deus gosta de renovações e mudanças! Ele gosta das mudanças e as estimula em nós! Por isso, nós, que somos seus servos, não podemos ser avessos às transformações, inovações, mudanças e renovações que Ele nos propõe.
Entenda: Deus não muda! Ele continua sendo o mesmo hoje e sempre. Jesus sempre será o Filho de Deus Salvador hoje e sempre. E quem afirma isso é a Palavra: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.” (Hebreus 13:8) Deus não será diferente daqui um, dez ou cem anos! Mas, ainda que Ele seja o mesmo e mantenha-se fiel ao seu próprio Ser, Ele tem autoridade para efetuar suas obras de um jeito diferente, desde que isso não negue quem Ele é.
E, tão certo quanto o fato de que Ele não muda, é que a sua obra é sempre nova, viçosa. “Os métodos e caminhos de Deus são sempre renovados, imprevisivelmente novos.” (p.221)
Não é à toa que toda a Bíblia fala a respeito do novo. O Antigo Testamento fala sobre o ‘novo’ cântico (Salmo 96:1), sobre um ‘novo’ coração (Ezequiel 11:19), sobre um ‘novo’ espírito (Ezequiel 18:31), sobre a ‘nova’ aliança (Jeremias 31:31). Já no Novo Testamento, somos chamados de ‘novas’ criaturas (Gálatas 6:15); todas as coisas se fizeram ‘novas’ (2Coríntios 5:17); recebemos um ‘novo’ nascimento (João 3:3); vivemos de acordo com o ‘novo’ mandamento (João 13:34) e segundo o ‘novo’ homem (Efésios 2:15); e, finalmente, esperamos ‘novos’ céus e ‘nova’ terra (2 Pedro 3:13). Deus é um Deus de novidades, renovações e mudanças!
Por isso, “preciso advertí-lo, se você gosta que as coisas permaneçam sempre do mesmo jeito, de que vai sentir-se terrivelmente constrangido no céu. Tudo será novo. Deus é Deus de coisas novas, de mudanças.” (p.221)
Mas isso não é tudo: o apóstolo Paulo diz que devemos ser imitadores de Deus (Efésios 5:1). Parece óbvio, mas se devemos ser imitadores de Deus, será que não deveríamos copiá-Lo? “Visto que Deus é Deus de renovação e mudança, assim deveríamos ser também.”(p. 222)
Se, como filhos amados, precisamos imitar Deus, precisamos permanecer inovadores, abertos e desejosos de mudanças.
Mas, muitas vezes, o que observamos é que, a cada nova geração, o tradicionalismo torna-se ainda mais radical e rígido do que o período anterior. Encontramos uma tendência ainda maior de se apegar ao tradicionalismo com mais intensidade. E isso não é bom!
Veja um grande exemplo: Neustã! Este foi o nome dado a serpente de bronze que, por mandato de Deus, Moisés construiu para curar aqueles homens que, por causa de sua rebeldia, foram picados por serpentes no deserto, na fuga do Egito. Você acredita que os israelitas arrastaram aquele objeto no deserto, entraram na terra de Canaã (Terra Prometida) e, mesmo depois de várias gerações, ainda adoravam (‘idolatravam’) aquela imagem? A passagem do início desta meditação nos conta isso.“ Lá estavam eles, até agora pendurados àquela velha serpente de bronze que haviam arrastado durante anos.” (p.223)
Mas o que era aquela serpente de bronze? O nome Neustã, em hebraico, quer dizer “uma peça de bronze”. O povo deveria ter jogado aquilo fora! Há muito tempo! Porém, ao contrário disso, estavam adorando-a.
Por isso, se desejamos imitar Deus, como nos aconselha o apóstolo Paulo, precisamos nos livrar das ‘Neustãs’ de nossa vida! Lixo para Neustã! E todos aqueles que querem viver acima da mediocridade, precisam obrigatoriamente serem verdadeiros padrões de inovação, transformação e mudanças!
Que Deus nos abençoe!
Pr. Thiago Mattos.
*Baseado em SWINDOLL, Charles R. “Como viver acima da mediocridade: Levando a sério o seu compromisso com a excelência. São Paulo:Editora Vida, 2009.”

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O TRADICIONALISMO NOS TEMPOS DE JESUS – LUCAS 5:27-39*


“E ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: ‘O vinho velho é melhor’” – Lucas 5:39

O ‘tradicionalismo’ na época de Jesus era sinônimo de farisaísmo. Os fariseus encontravam identidade e eram ‘viciados’ nas tradições. A vida deles era ‘modelo’ de tradicionalismo. E quando Jesus encontrava estes homens, inevitavelmente, encontrava o tradicionalismo também!
Quando Jesus chama Levi (ou Mateus) para ser seu discípulo, Levi prontamente começa a caminhar com Jesus. E, por isso, promove um banquete em sua casa. Note que o evangelista Lucas, ao nos contar quem são os convidados, os identifica como sendo “publicanos e outras pessoas” (v.29). No entanto, os fariseus perguntam: “Por que vocês comem e bebem com publicanos e ‘pecadores’?” (v.30)
Notou a diferença? Enquanto Lucas os identifica como ‘outras pessoas’, os fariseus logo estabelecem seu julgamento: ‘pecadores’. As pessoas que estavam presentes ali eram pessoas normais, reais. Não eram robôs ou bonecos. Nem pessoas que tentavam impressionar alguém. Apenas pessoas normais. Pecadores? Com certeza! Mas eram amigos de Levi que estavam ali para divertirem-se e, provavelmente, se despedir do companheiro de profissão, que, agora, seria um discípulo de Jesus.
Observe que os fariseus estavam indignados com o fato de que os discípulos de Jesus estavam se misturando com aqueles ‘pecadores’ e se divertiam. Porém, o tradicionalismo farisaico cria (e estabelecia como norma para todos) que todos deveriam permanecer separados daquelas pessoas. Ninguém deveria associar-se com pecadores e, de forma alguma, deveriam se divertir com aquelas pessoas.
Mas a resposta de Jesus é genial: “Não são os que tem saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.” (v. 31). Segundo Jesus, são essas pessoas que precisam de cura. Jesus é o médico e sua função é curar esse tipo de gente! Eles precisam de ajuda e Jesus é o único que pode ajudá-las.
A conversa, porém, não se encerrou aí: os fariseus voltaram a atacar Jesus e seus discípulos falando a respeito do jejum. Jesus explica, então, aos fariseus tradicionalistas que, um dia, seus discípulos jejuariam também. E, sabendo que os fariseus provavelmente não compreenderiam esta verdade, Jesus propõe uma parábola para explicar isso falando sobre remendo novo em roupas velhas e vinho novo em odres velhos.
Preste bem atenção: os fariseus demonstravam lealdade extrema às coisas antigas. Conheciam tudo da lei, da história do povo de Israel e, ainda mais, criaram mais de 600 preceitos para que todos pudessem entender como eles interpretavam a lei, moldando, assim, COMO todos deveriam viver. Eles eram a ‘roupa velha’, o ‘odre velho’.
O ‘vinho novo’ do Evangelho é revolucionário. É a mensagem da graça, da liberdade, do perdão, da misericórdia, da esperança. Jamais o ‘odre velho’ do tradicionalismo farisaico poderia conter a nova mensagem (boa nova = Evangelho). Então, com certeza, o ‘odre velho’ do tradicionalismo iria romper-se. O velho não consegue conter o novo.
Os fariseus amavam mais as suas tradições do que o próprio Deus! E essa é a essência do tradicionalismo, que é idolatria. No mesmo relato, contado pelo Evangelista Mateus (15:1-20), Jesus chega a dizer: “Assim, por causa da sua tradição, vocês anulam a palavra de Deus.”
Que não nos deixemos iludir com o ‘vinho velho’, mas estejamos sempre abertos para as novidades em Jesus!
Pr. Thiago Mattos.
*Baseado em “COMO VIVER ACIMA DA MEDIOCRIDADE: Levando a sério o seu compromisso com a excelência.” – São Paulo: Editora Vida, 2009.

terça-feira, 17 de julho de 2012

TRADIÇÃO VS. TRADICIONALISMO*


“Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às tradições eu lhes foram ensinadas, quer por viva voz, quer por carta nossa.” – 2 Tessalonicenses 3:15

Acredito que nenhuma igreja está completamente livre de tradições. É verdade que muitas denominações ou comunidades locais sobrevivem debaixo de um lema extraoficial de “não-vivemos-de-tradições”. Porém, muitas vezes não atentam para o fato de que muitas das suas práticas são moldadas por tradições.
Charles Swindoll diz que, para vivermos acima da mediocridade, precisamos “matar o dragão do tradicionalismo”. E ele tem razão! Mas, antes que você se espante, é necessário estabelecermos uma diferença entre tradição e tradicionalismo. Quero te convidar a observar a diferença.
“O tipo certo de tradições fornece-nos raízes profundas – uma rede sólida de verdades confiáveis numa época em que tudo é descartável. Dentre tais tradições, estão aquelas declarações e princípios fortes que nos amarram ao mastro da verdade, quando as tempestades da incerteza erguem ondas de mudança amedrontadoras, sopradas pelos ventos da dúvida.” (p. 206)
Cremos que as tradições certas podem ser abençoadoras, uma vez que são baseadas somente na Palavra, não em invencionices humanas/carnais. O próprio Swindoll (p.206) cita algumas dessas tradições: “a crença na autoridade das Sagradas Escrituras, o conhecimento de Deus, o amor a Deus. O acatamento do senhorio de Jesus Cristo, nossa dedicação leal ao próximo (...)” Todas essas tradições são abençoadoras e baseadas na Bíblia.
O que entendo como tradicionalismo é o apego a certas práticas e ‘crendices’ que não tem embasamento nenhuma na Palavra. Alguns, sobre a égide de “mantermos as tradições dos reformadores”, ofendem a memória de tais homens que tanto defenderam a igreja reformada (‘sempre reformando’). E o argumento para a manutenção de tais práticas é “porque os reformadores agiam assim”.
Existem, porém, muitas práticas dos reformadores que nós não mantemos: João Calvino usava chapéu na igreja. E antes que alguns saiam correndo escolher o modelo, precisamos saber porquê ele usava: “porque a igreja tinha correntes de ar e pombos.” (p. 207)
 Se pudéssemos reduzir a uma expressão, a diferença seria esta: tradição é fé daqueles que morreram e que permanece viva (Hebreus 11:4); tradicionalismo é a fé morta daqueles que permanecem vivos.
Swindoll diz que o tradicionalismo “é manter-se apegado a um costume (...) que se conserva à força e cegamente. É nutrir suspeitas contra o (...) novo, moderno e diferente. É a pessoa encontrar segurança, e até mesmo identidade, naquilo que é familiar (...).” (p. 207) Quem assim procede “acha que a sua vocação é dizer aos outros o que devem fazer e dizer.” (p. 208)
Trazendo pro campo espiritual, “é preferir um sistema legalista à liberdade e renovação do Espírito – é estar mais interessado em guardar regras rígidas, de cunho humano, do que permanecer flexível, aberto à criatividade e à inovação.” (p. 208).
Por isso, queridos, precisam viver acima da mediocridade, “permitindo que haja lugar para as coisas não experimentadas, imprevisíveis, inesperadas – e durante o tempo todo mantendo-nos fiéis à verdade.” (p. 208)
Pr. Thiago Mattos.
*Texto baseado e extraído do capítulo 10 de “Como viver acima da mediocridade: Levando a sério o seu compromisso com a excelência.” – São Paulo: Editora Vida, 2009

terça-feira, 3 de julho de 2012

ALEGRIA NO SENHOR


“Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita” – Salmo 16:11

            Todos querem ser felizes. Acredito ser impossível encontrarmos alguém que diga que o maior desejo do seu coração é ser infeliz, ter uma vida triste. Afinal, todos querem desfrutar de uma vida alegre, cheia de prazer.
            Ao contrário do que muitos pensam, não existe nada de errado na busca pelo prazer. Deus nos criou para desfrutarmos da Sua presença santa. E nosso Catecismo Maior de Westminster apresenta essa verdade logo em sua primeira afirmação quando diz que “o fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e GOZÁ-LO para sempre.”
            Nosso dilema, como seres humanos, é que nos contentamos com muito pouco. Dizemos que as crianças não precisam de muito para se divertir, mas, descobrimos que, nisso, somos como elas: nos alegramos, sentimos prazer em coisas tão pequenas.
            Ficamos felizes quando o nosso time ganha, quando recebemos um aumento, quando somos aprovados em algum concurso, quando nos encontramos com os amigos e familiares. E não existe nada de errado com isso. Encontramos problemas, porém, quando essas coisas não acontecem (o time perde, sofremos algum revés profissional ou não conseguimos estar com aqueles que gostamos).
Por isso, não podemos ‘limitar’ nossa alegria a essas coisas e não nos alegramos em Deus. Quando temos prazer apenas nessas pequenas coisas e esquecemos que podemos desfrutar de “eterno prazer” à direita de Deus. Além disso, todas as coisas boas da vida devem ser vividas em Deus. Se não, serão apenas momentos de alegria. E nós não fomos criados para termos ‘momentos’ de alegria. Fomos criados para desfrutarmos dEle para sempre; para termos “eterno prazer à sua direita”.
            A verdade é que todas as coisas boas que nos acontecem são como nada perto do prazer que podemos desfrutar em Deus. O apóstolo Paulo nos instrui a termos a nossa alegria no Senhor (Filipenses 4:4). Não nas situações, não em momentos, não em pessoas, vitórias ou promoções. No Senhor!
            Se seguimos a ordem de Paulo para nos alegrarmos sempre no Senhor, sempre provaremos de plenitude de alegria, independente das circunstâncias. Até em momentos não tão favoráveis assim...
            Que possamos descobrir e, ainda mais, desfrutar dessa alegria plena na presença de Deus.
Em Cristo,
Pr. Thiago.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

ALEGRIA – SATISFAÇÃO NA PRESENÇA DE DEUS


"Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração." - Salmo 37:4

Nós precisamos aprender com testemunhos de uma vida de fé. Por isso, gostaria de contar pra você, a história de um rico empresário do século XIX, chamado Horatio Gates Spafford. Ele vivia na cidade de Chicago nos Estados Unidos. Tinha muitos bens, muitas posses.
E, além de ser muito rico, ele tinha uma família linda. Uma esposa e três filhos (um rapaz e duas meninas).
Em 1870, Spafford fez grandes investimentos na região sul da cidade de Chicago e esses investimentos, em poucos meses, renderam muito a Spafford. Porém, em 1871, um terrível incêndio destruiu boa parte da zona sul da cidade.
Devido ao incêndio, Horatio perdeu muito dinheiro nesta situação. Perdeu o que tinha investido, mas também tudo que ganhou nos primeiros meses do ano anterior.
Mas muito pior que isso é que entre os quase 300 mortos daquele terrível incêndio estava seu filho mais velho.
 Evidentemente, Spafford sofreu muito mais pela perda de seu filho do que pelo revés financeiro. Sua família, ficou extramente abalada com a morte do rapaz. E, tentando amenizar a situação, Spafford programa uma viagem de férias para a França com sua mulher e filhas.
Porém, um imprevisto de última hora o deixa atarefado em Chicago e, percebendo o desapontamento de suas filhas, ele as envia junto com a esposa para a tão sonhada viagem de férias. Mas ele permaneceu em Chicago.
Dois dias depois, no entanto, ele recebe a notícia de que o navio onde se encontrava sua família tinha sofrido um terrível naufrágio. Extremamente apreensivo, Spafford aguarda pela resolução por alguns dias, até que chega um telegrama de sua esposa que dizia assim: “Salva, porém, sozinha!”. Spafford havia perdido grande parte dos seus bens e seus três filhos.
Mas Spafford era um homem de Deus. Sabendo da situação, foi à França, encontrou-se com sua esposa, e retornou. No meio do caminho, ele pediu para que o capitão do navio parasse a embarcação exatamente no local onde as filhas haviam falecido.
E ali, naquele lugar, de morte, de perda ele compôs o Hino 108 do hinário Novo Cântico:
Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sofrer,
Oh! Seja o que for, tu me fazes saber
Que feliz com Jesus sempre sou!

Sou feliz com Jesus,
Sou feliz com Jesus, meu Senhor!

Embora me assalte o cruel Satanás
E ataque com vis tentações;
Oh! Certo eu estou, apesar de aflições,
Que feliz eu serei com Jesus!

Meu triste pecado, por meu Salvador
Foi pago de um modo cabal!
Valeu-me o Senhor! Oh! Mercê sem igual!
Sou feliz, graças dou a Jesus!

A vinda eu anseio do meu Salvador!
Em breve virá me levar
Ao céu, onde eu vou para sempre morar
Com remidos na luz do Senhor!

Será que, como Spafford, poderíamos fazer o mesmo? Será que podemos dizer que somos felizes com Jesus, independente das lutas que venham sobre nós?

Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.

sábado, 19 de maio de 2012

OS ABENÇOADOS - Perseguição


"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês" - Mateus 5:10-12

            Vivemos em um tempo de tanto triunfalismo na igreja que falar a respeito de perseguição parece, para alguns, quase uma heresia. Se não fossem palavras do próprio Cristo, alguns poderiam, inclusive, criticar e não querer essa realidade para si ou para sua igreja.

            Porém, Jesus nos demonstra que, como em todas as bem-aventuranças, seus discípulos devem viver tão intensamente a Justiça dos céus que acabam sendo perseguidos pelos homens. Somos abençoados quando nos vemos perseguidos por amor a Cristo, seu Reino e sua perfeita Justiça.

             É irônico que Jesus ensine que seus discípulos são perseguidos por causa da justiça logo em seguida de dizer que eles devem ser pacificadores. Porém, isso acontece porque, em nossa tentativa de estabelecermos a paz, muitas acabam por se recusarem a viver em paz conosco, pois nem todas as tentativas de reconciliação são coroadas com sucesso.

            A perseguição acontece não por causa de nossas falhas e enganos. Acontece por causa da justiça (vs. 10) e por causa de Jesus (vs. 11); acontece pelo choque existente entre dois mundos completamente antagônicos: o Reino dos céus e o reino das trevas. A perseguição é a consequência do encontro entre esses "dois sistemas de valores irreconciliáveis."*

            Diante dessa perseguição, somos consolados pelas palavras de Jesus ("pois deles é o Reino dos céus"). Somos perseguidos aqui, mas teremos o nosso galardão nos céus. E por contemplarmos a realidade eterna, não precisamos nos preocupar com as coisas temporais. Não precisamos de vingança, pois conhecemos a graça. Não precisamos de justiça, pois Cristo se fez justo por nós. Diante das perseguições podemos nos alegrar e nos regozijarmos com as coisas eternas!

            Que possamos viver em comunhão com Jesus, passando por perseguições, tribulações, dores e sofrimentos, pois contemplamos o Reino de Deus e, com essa realidade maravilhosa, podemos nos alegrar e regozijar.

Em Cristo,

Pr. Thiago Mattos.

*John Stott em "Contracultura Cristã", editora ABU. (PP. 25 e 26)

terça-feira, 15 de maio de 2012

OS ABENÇOADOS – Paz


“Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” – Mateus 5:9

            A seqüência com que Jesus traz as Bem-aventuranças não é por acaso. E, com certeza, existe uma intenção de nosso Mestre ao trazer os pacificadores logo após os limpos de coração. Isso acontece porque alguns dos grandes conflitos em nossa vida se dão pela dureza e sujeira (maldade) que há em nosso coração.

Todos os seres humanos gostariam de desfrutar de Paz. Evidente, porém, que esta Paz, que o mundo não pode dar e que excede todo entendimento, não vem da ausência de guerras ou conflitos. Esta Paz, a verdadeira Paz, só tem aquele que provou (e prova) de reconciliação com Deus, o Criador e Sustentador de todas as coisas.

            Os que provam desta verdadeira Paz, segundo o ensino de Jesus, tornam-se pacificadores. Os verdadeiros filhos de Deus (aqueles que crêem em Jesus, segundo o Evangelho de João 1:12,13) foram reconciliados com Deus. Porém, não podem se acomodar com a benção de serem alcançados por esta Paz. Por provarem desta Paz, começam a espalhar a paz por onde estiverem. Encontraram a Paz com Deus e, por isso, passam a promover a paz.

            Os pacificadores são os ‘feitores’ da paz e, por isso, enganam-se aqueles que pensam que pacificadores são os que não fazem a guerra. Ao contrário, os pacificadores promovem a paz. ‘Batalham’ pela paz.

Os filhos de Deus (pacificadores) não se contentam com o não-envolvimento com a guerra. Pelo contrário, envolvem-se nos conflitos da vida para trazer a paz. A Paz de Deus (a reconciliação) é uma iniciativa do próprio Deus. Ele veio até nós e estabeleceu a Sua Paz. E nós, inspirados e motivados pela sua ação, nos tornamos pacificadores (reconciliadores).

Muitos falam de uma paz ‘qualquer’ preço. Mas o preço pago para esta Paz foi um preço muito alto. Um preço de sangue. O precioso sangue de Jesus estabeleceu a Paz que necessitávamos. Foi através do sofrimento de Cristo em nosso favor que pudemos encontrar a Paz.

“Nós também, embora em escala [muito] menor, vamos descobrir que fazer a paz é um empreendimento custoso. (...) Muitos exemplos poderiam ser dados de paz através do sofrimento. Quando nós mesmos estamos envolvidos numa disputa, ou haverá a dor do pedido de desculpas à pessoa que prejudicamos, ou a dor de repreender a pessoa que nos prejudicou.”

Também podemos passar por situações onde temos que pacificar conflitos de outras pessoas ou de outras instâncias da sociedade e, por isso, precisamos nos lembrar do quanto esta paz pode ser custosa para nossos relacionamentos. Mas, apesar disso, continuamos ‘batalhando’ pela paz.

            Que, como filhos de Deus, possamos promover a paz em todos os lugares onde estivermos.

Em Cristo,

Pr. Thiago Mattos.

*John Stott em “Contracultura Cristã – A mensagem do Sermão do Monte”. Editora ABU. (P. 25)

domingo, 13 de maio de 2012

A MELHOR HERANÇA DE UMA MÃE



“Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você” – II Timóteo 1:5
 

Este trecho faz parte da introdução a segunda carta que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo. Paulo está falando que sente muita saudade de seu filho espiritual Timóteo, mas, também, rende graças a Deus, por saber que a fé que habita em Timóteo é uma fé verdadeira. Tal como era verdadeira em sua mãe e em sua avó.

Eunice e Lóide eram judias e ensinaram o jovem Timóteo a esperança da vinda do Messias que todo o Antigo Testamento nos aponta. Provavelmente, elas se converteram na cidade de Listra por intermédio da pregação do apóstolo Paulo (Atos 16:1). E, mesmo tendo um pai grego, Timóteo veio a conhecer Jesus porque sua mãe e sua avó comunicaram a verdade do Evangelho para que ele viesse a crer.

O exemplo (e êxito) de Eunice e Lóide com Timóteo deve animar as mães que são de Jesus. A fé dessas mulheres foi um instrumento nas mãos de Deus para formar o caráter e, principalmente, a fé não fingida do jovem ‘pastorzão’ Timóteo. Se ele, mesmo jovem, se tornou um excelente e útil pastor foi, com toda certeza, pela influência dessas mulheres de Deus.

E isto tem sido particularmente verdadeiro em muitos casos. Alguns dos mais valiosos ministros do Evangelho, que abençoam e abençoaram a igreja de Cristo ao longo da história, devem louvar a Deus pela herança de fé que foram impressas em suas mentes pelo ensino de suas mães.

Esta realidade deve nos mostrar que, mesmo dentro de casa, temos a responsabilidade de evangelizarmos. Não podemos esconder a nossa luz embaixo da mesa ou da cama (Mateus 5:14-16). Precisamos ensinar nossos filhos no Caminho (Provérbios 22:6).

Nossas famílias (pais, irmãos e filhos) são o terreno onde mais devemos semear. Ainda que nossos familiares sejam os que nos conhecem melhor, é no lar que podemos testemunhar a verdadeira transformação que Jesus operou em nossas vidas.

Por isso, permita que seus pais, filhos, cônjuge, irmãos e irmãs conheçam sua fé em Jesus. Ensine a eles. Testemunhe para que eles também possam conhecer e amar o senhor Jesus. Mas, também, faça com que eles vejam e percebam o amor, a alegria e o auxílio de Cristo em sua vida.

Esta é a melhor herança de uma mãe. Mas também de um pai, de um filho, de um irmão...

Pr. Thiago Mattos.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

OS ABENÇOADOS – Pureza


“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” – Mateus 5:8

            O verdadeiro cristão (além de dependência, arrependido, manso, misericordioso) precisa ser limpo de coração. Para desfrutar de uma vida cristã madura e sadia, o discípulo de Jesus precisa de pureza em seu interior.

            Como fez em sua primeira bem-aventurança, Jesus utiliza de uma qualidade exterior para expressar uma atitude interior. Os pobres (humildes) não são aqueles que são materialmente pobres. Assim como os limpos, não são os que tem condições higiênicas favoráveis. São os que tem o coração puro.

O reformador Martin Lutero disse que “embora um trabalhador comum (...) possa estar sujo e cheio de fuligem ou mesmo cheirar mal (...) externamente, no interior é puro incenso diante de Deus” pois, em seu coração, confia, medita, obedece e vive pela Palavra do Senhor.

Nas quatro narrativas do Evangelho (Mateus, Marcos, Lucas e João), podemos perceber a severa crítica de Jesus aos mestres da lei, escribas e fariseus que esforçavam-se para manter uma (falsa) ‘pureza’ cerimonial, mas que, em seu interior, só existia “ossos podres e carne comida por vermes” (Mateus 23:27).

O livro de Salmos, por outro lado, nos demonstra a importância de termos um coração puro, pois só o que é limpo de mãos e puro de coração poderia estar na presença de Deus (Salmo 24:3,4).

Mas o que é pureza? Podemos dizer que algo que se encontra ‘puro’ é porque não foi misturado com mais nada. Por isso, o discípulo de Cristo, que tem o coração puro, é alguém íntegro, livre da falsidade e que expressa a sinceridade amorosa em todo relacionamento com Deus e com outros seres humanos. Portanto, podemos dizer que os limpos de coração são aqueles que são integralmente sinceros.

Por isso, os discípulos de Jesus precisam se esforçar para que o íntimo de seu coração (seus pensamentos, intenções e motivações) seja puro, sem mistura com a desonestidade, a dissimulação, a falsidade.

Estes são aqueles que vêem a Deus, porque sua fé pura contempla a Deus e, além disso, poderão participar da glória de Deus no porvir.

Removamos, portanto, de nosso coração qualquer tipo de máscara. Que não sejamos, como o ditado antigo, “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento.”

“Abençoados são vocês, que puseram em ordem seu mundo interior, com a mente e o coração no lugar certo. Assim, vocês poderão ver Deus no mundo exterior.” – Mateus 5:8 (A Mensagem – Bíblia em Linguagem Contemporânea).

Em Cristo,

Pr. Thiago Mattos.

sexta-feira, 2 de março de 2012

OS ABENÇOADOS – Misericórdia

“Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.” – Mateus 5:7
            Podemos dividir as nove Bem-aventuranças que Jesus nos ensina no Sermão do Monte em duas partes. A primeira, até a mansidão (vs. 6), trata especificamente da nossa atitude para com Deus. Mas, a partir daqui (vs. 7), Jesus passa a nos ensinar sobre a nossa própria atitude para com os seres humanos. É verdade que, no entanto, a própria mansidão precisa ser expressa diante dos homens também.
            Evidentemente, os misericordiosos são aqueles que demonstram misericórdia para com os homens. Misericórdia é a demonstração efetiva de compaixão pelas pessoas que necessitam de alguma coisa. No entanto, é importante percebermos a diferença entre graça e misericórdia. A graça é quando recebemos algo bom quando não merecemos (a salvação, por exemplo). Misericórdia é o inverso: merecemos algo ruim e não recebemos (a punição pela nossa pecaminosidade, por exemplo).
            Por isso, podemos perceber que a graça de Deus é o que nos perdoa, purifica e nos faz provar dos benefícios de sermos filhos do Pai, através de Jesus. A misericórdia, por sua vez, concede alívio, cura e ajuda.
            Em Cristo, Deus nos perdoou de nossos pecados e deixou nossa pecaminosidade impune pela sua misericórdia. Por isso, ao compreendermos que nosso Deus é verdadeiramente misericordioso, precisamos exercer misericórdia também, afinal somos cidadãos de Seu Reino.
            Quando nos ensina sobre a misericórdia, Jesus diz que os abençoados são aqueles que exercem misericórdia por outras pessoas que passam qualquer tipo de necessidade.
            Erroneamente, muitos pensam que podem ser merecedores da misericórdia de Deus, pois tem exercido a misericórdia por outras pessoas. Mas a misericórdia que praticamos em favor do nosso próximo não é um escambo para obtermos a misericórdia de Deus. Ao contrário, o que o texto ensina é que “não podemos proclamar que nos arrependemos de nossos pecados se não formos misericordiosos para com os pecados [ou necessidades] dos outros. Nada nos impulsiona mais ao perdão do que o maravilhoso conhecimento de que nós mesmos fomos perdoados.”*
            É por isso que compreendemos que perdoar e ser perdoado, demonstrar misericórdia e receber misericórdia andam inseparavelmente. Se você foi perdoado por Deus em Cristo, deve perdoar também. Se Deus exerceu misericórdia sobre sua vida, você deve exercer misericórdia sobre a vida de outras pessoas.
“Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmã.” – Mateus 18:32-35
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos
*John Stott em “Contracultura Cristã: a mensagem do Sermão do Monte.” Editora ABU, p. 23