“Bem-aventurados os
pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” – Mateus 5:9
A seqüência com que Jesus traz as
Bem-aventuranças não é por acaso. E, com certeza, existe uma intenção de nosso
Mestre ao trazer os pacificadores logo após os limpos de coração. Isso acontece
porque alguns dos grandes conflitos em nossa vida se dão pela dureza e sujeira
(maldade) que há em nosso coração.
Todos os seres humanos gostariam de
desfrutar de Paz. Evidente, porém, que esta Paz, que o mundo não pode dar e que
excede todo entendimento, não vem da ausência de guerras ou conflitos. Esta
Paz, a verdadeira Paz, só tem aquele que provou (e prova) de reconciliação com
Deus, o Criador e Sustentador de todas as coisas.
Os que provam desta verdadeira Paz,
segundo o ensino de Jesus, tornam-se pacificadores. Os verdadeiros filhos de
Deus (aqueles que crêem em Jesus, segundo o Evangelho de João 1:12,13) foram
reconciliados com Deus. Porém, não podem se acomodar com a benção de serem
alcançados por esta Paz. Por provarem desta Paz, começam a espalhar a paz por
onde estiverem. Encontraram a Paz com Deus e, por isso, passam a promover a paz.
Os pacificadores são os ‘feitores’
da paz e, por isso, enganam-se aqueles que pensam que pacificadores são os que
não fazem a guerra. Ao contrário, os pacificadores promovem a paz. ‘Batalham’
pela paz.
Os filhos de Deus (pacificadores) não
se contentam com o não-envolvimento com a guerra. Pelo contrário, envolvem-se nos
conflitos da vida para trazer a paz. A Paz de Deus (a reconciliação) é uma
iniciativa do próprio Deus. Ele veio até nós e estabeleceu a Sua Paz. E nós,
inspirados e motivados pela sua ação, nos tornamos pacificadores
(reconciliadores).
Muitos falam de uma paz ‘qualquer’
preço. Mas o preço pago para esta Paz foi um preço muito alto. Um preço de
sangue. O precioso sangue de Jesus estabeleceu a Paz que necessitávamos. Foi
através do sofrimento de Cristo em nosso favor que pudemos encontrar a Paz.
“Nós também, embora em escala [muito] menor,
vamos descobrir que fazer a paz é um empreendimento custoso. (...) Muitos
exemplos poderiam ser dados de paz através do sofrimento. Quando nós mesmos
estamos envolvidos numa disputa, ou haverá a dor do pedido de desculpas à
pessoa que prejudicamos, ou a dor de repreender a pessoa que nos prejudicou.”
Também podemos passar por situações
onde temos que pacificar conflitos de outras pessoas ou de outras instâncias da
sociedade e, por isso, precisamos nos lembrar do quanto esta paz pode ser
custosa para nossos relacionamentos. Mas, apesar disso, continuamos
‘batalhando’ pela paz.
Que, como filhos de Deus, possamos
promover a paz em todos os lugares onde estivermos.
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.
*John Stott em “Contracultura Cristã – A mensagem do Sermão
do Monte”. Editora ABU. (P. 25)
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