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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O NOVO TEMPLO – JOÃO 2: 13-22


“(...)Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.”João 2:19

O episódio da purificação do Templo aponta para o momento mais importante das nossas vidas: a morte e ressurreição de Jesus. O evangelista João fala que Jesus, ao falar do santuário destruído e reconstruído, está, na verdade, referindo-se ao próprio corpo e que os discípulos entenderam isso após a sua ressurreição. A narrativa de João é especial, justamente, por esse acréscimo que nos dá o sentido das palavras proféticas de Jesus.
Jesus era, reconhecidamente, um Rabi (um mestre). Um mestre bastante polêmico pra época, mas, ainda assim, um mestre. E, como tal, tinha autoridade para proceder da forma que entendesse correta para ensinar algo ao povo. Porém, ainda assim, aqueles que estavam no Templo pedem a Jesus um sinal que o autorizasse a agir daquela forma. E então, Jesus diz as palavras acima destacadas.
Evidentemente, Jesus está usando a figura do Templo apenas como metáfora para aquilo que realmente ele estava fazendo. Jesus não promete outro Templo, mas chama seus ouvintes para ver a real purificação, que apontava para a substituição e abolição do sistema de culto religioso que tinha seu centro no Templo. E, assim, um novo “Templo” entra no lugar do antigo.
Além disso, Jesus aponta para um outro detalhe, que algumas vezes nos parece imperceptível: O Templo destruído era feito com as mãos dos homens, mas a reconstrução, a nova edificação é realizada pela mão poderosa de Deus! A profecia de Cristo é associada, além da superação do sistema religioso judaico, à morte e ressurreição de Jesus. Jesus estava demonstrando que a nova aliança era infinitamente superior a antiga, uma vez que o Templo, centro da antiga aliança, levou 46 anos para ser construído, mas, mesmo assim, viria ao chão. Por sua vez, o Novo Templo, edificado pela mão de Deus em três dias, permaneceria para sempre.
Jesus, assim como purificou ‘fisicamente’ o Templo, espiritualmente deu início a uma purificação superior da qual todo o seu Corpo, a Igreja, seria beneficiada. Precisamos, a cada dia, vivermos puros diante do nosso Deus. Essa pureza não tem nenhuma associação com falta de pecados, mas toda associação com a consciência de que Jesus morreu e ressuscitou para nos purificar de toda a injustiça. E, nisso, caminhamos com o viver puro. Essa santidade é o que buscamos. Esse avivamento é o que procuramos. Que o Novo Templo, reconstruído em três dias, nos leve a um novo começo de santidade e avivamento.
Em Cristo,
Pr. Thiago Mattos.

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